Violência não

Quem viu o Jornal do Almoço hoje (assim como eu) deve ter visto o grande Paulo Santanna falando sobre Emerson Luiz Marques Goularte, um pedreiro de 31 anos, residente de Dom Pedrito, interior do Estado. Pra quem não sabe da estória ainda (como eu, espantada, não sabia) Emerson foi espancado na frente de um bar no centro da cidade logo depois da partida entre o Grêmio e o Boca, pela final da Libertadores. Esse cara (que era colorado) teria brincado com a derrota do Tricolor e acabou sendo espancado por cinco homens que eram gremistas. Dizem que o cara ainda chegou com vida no hospital, com o rosto todo deformado e com os pulmões muito danificados por causa dos pontapés levados nas costas (imaginem... os pulmões). Tá, convenhamos.... oque fazia um colorado assistindo o jogo (que nem era do time dele) num bar cheio de gremista? Secador, óbvio, mas isso não vem ao caso. Onde eu quero chegar é ... na quinta-feira passada eu ouvi muita coisa, de muito colorado (vou ressaltar que eu não sou muito de ficar pegando no pé dos colorados), cheguei a ouvir chamarem meu time de “medíocre”. E daí? Não foi por isso que eu joguei o cara no chão e tapei de porrada. O problema é que, já se perdeu a muito tempo a ponto do limite entre a brincadeira e a ignorância. Ignorância é ter a capacidade de espancar um ser humano, um filho de alguém, pai de alguém. Ignorância é ofender, xingar, maltratar alguém. Ignorância é ser preconceituoso pela escolha de um time de futebol.
A torcida do Grêmio será sempre contra a violência, tanto nos estádios quanto (e principalmente) fora deles. Apesar de alguns, infelizmente, não honrarem o brasão que levam no peito. Eu sou do Grêmio, e sou da paz.